O começo foi brilhante

Nosso novo site foi lançado hoje.

 

Dá para acreditar que agora temos um lugarzinho de encontro só para a gente se deliciar no mundo da escrita, cantada e entoada e até mesmo fotografada? Olha o tamanho do meu sorriso de gratidão!

Ainda lembro-me do início.

Eu ali por volta dos meus seis anos, deslumbrada porque tinha acabado de aprender a ler. Puxava a mão da mamãe que me levava a escola e, falava para ela o que estava escrito na placa da esquina, no banner da loja, no letreiro de qualquer anúncio. E cresci assim, meio que idolatrando as letrinhas que saltavam aos meus olhos. Desde um rótulo de condicionador para os cabelos, até algumas crônicas gigantescas. Este meu hábito de leituras me renderam alegrias, tristezas e já me fizeram passar inúmeras vergonhas também. Aos amores e amigos, digo:” tirem as letrinhas dos celulares de vocês de perto dessa louca, e apaixonada por palavras.”  Rsrs. Elas me atraem. Me escolheram. Eu sei.

Essa escolha deve ter vindo através da genética que herdei dos meus pais. Minha mãe sempre gostou de ler e cansei de ver meu pai escrever músicas, textos e poesias. Foi no mundo das leituras que me escondi das adversidades da vida. Ali por volta dos meus treze anos li o meu primeiro épico livro. Pedro Bandeira me presenteou com um romance policial cheio de altas aventuras e claro um amor a tira colo. Depois da leitura de A Droga da obediência jamais fui a mesma. Poucos meses após o término dessa leitura, me vi escrevendo o meu primeiro “livro”. Era um ensaio empolgado de um amor adolescente que nasceu dentro de um laboratório escolar. Comecei bem, guiada pela paixão de todos os livros que já havia lido e filmes que me inspiraram até ali. Mas, confesso, tive dificuldades de terminar. Guardei ele em folhinhas grampeadas por diversos dias. Era o meu tesouro. Mas era uma adolescente terrível! Preguiçosa e pirracenta. Em uma de minhas crises de malcriações minha mãe pegou meu “livro” e o rasgou em pedacinhos. Me lembro o quanto chorei. E o quanto ainda me dói ter perdido algo que julguei tão valioso.

Fui crescendo e tendo aversão a Língua Portuguesa. Ninguém merece gramática da oitava série, hoje nono ano. Coordenada assindética, paráfrase, acentuação, preposição e o escambal a quatro, Deus me livre! Me voltei aos Teoremas e Equações e o mundo da escrita quase me perdeu ao mundo da Matemática. Mas eu sempre fui topetuda e quase sempre inquieta demais. SEMPRE GOSTEI DE DAR OPINIÃO. O que por muito tempo foi uma negação ao que as pessoas gostam de ouvir mas com o passar dos anos o peso das maturidades me puseram num patamar de escritora existencialista.

No segundo ano do ensino médio uma linda professora resgatou o meu lado escritora adormecida. Obrigada! Em uma redação fiz um texto fodástico e ela me disse: "que lindo, parece que estou lendo um livro". Aquilo foi o ascender da minha vaidade -rsrrsrs- no colegial, já que eu caprichava nas redações e textos para serem hiper elogiados. No terceiro ano do ensino médio, em uma nova etapa, já com citações minhas postadas no meu Facebook escrevi novos textos que me renderam novos elogios. Foi aí então que deslanchou a brincadeira de desenhar opiniões através de textos. Amigos criaram a página Pequenos Escritores e por lá escrevi cerca de bons dois anos e meio. Era só uma forma de desabafo e de mostrar, “mãe olha o que sei fazer”. Mas agora não era só para minha mãe. Era para meus amigos e professores. E para quem acompanhava os meus dizeres no Facebook. Os elogios foram vindo, as alegrias também, assim como as críticas e com elas os inúmeros aprendizados. Aos familiares, amigos, aos professores e mestres, aos ex amores e aos meus fãs (que estranho escrever isso), o meu muito obrigada por me incentivarem até aqui.

Estou ciente das aventuras que estes novos passos me trarão, mas sou daquelas mulheres que dizem sim ao novo da vida. O soul free NR é o nosso site, é a minha alma livre que quase sempre insiste em derramar-se por meios de inúmeras palavras. Que o mundo das leituras possa mudar a sua vida assim como mudou a minha. Esse é o meu maior desejo. Muito feliz e agradecida, me despeço! Corre aqui, leia!

NR

NATALIA REZENDE