A realidade não se pinta de "bonitinha"

Já notou que nos perguntamos o tempo todo o porque de algumas coisas em nossas vidas? E que sempre vamos nos negando a aceitar prontamente, algumas respostas que ganhamos de presente do nosso consciente? Vamos negando, porque talvez, a maioria de nós não quer aprender a lidar com a realidade, que não faz questão alguma de se pintar de bonitinha.
 
Como em um ''clique'', ou em um piscar de olhos, o nosso cérebro libera uma nova verdade, um novo conhecimento, um novo tempo para aqueles que ousaram não cimentar o próprio ''eu'' e torná-lo em uma estátua, onde apenas pássaros pousam e deixam marcas que não trazem beleza aos olhos. É difícil se conhecer afinco. O trabalho é árduo, penoso, doloso, sofrível e inacabado. Mas, em contrapartida, enobrece, fortalece, liberta e transforma de uma forma que nem cirurgia plástica daria conta de um resultado tão preciso. 
 
Crescemos o tempo todo. E mudamos. E é nesse infinito e diverso mundo do ''crescer'' que a gente vai se conhecendo e aprendendo sobre a complexidade de um ser multiforme: nós mesmos. E é exatamente quando aprendemos sobre nós mesmos, entendemos então o porque de todos os movimentos externos. Aprendemos a se comportar diante deles. A fazer de todas as nossas circunstâncias, todas momentâneas, um divisor de águas do nosso ''eu''. Vamos aceitando que a respostas para todos os nossos ''porquês'' é que exatamente tudo nos ajudou a ser melhor, mas só hoje, só no instante do agora, depois da lapidação, fomos capazes de ver isso. E como é bom ver uma versão nossa, nova em folha, para um novo e rico momento.