Bem vindo 2015!

Poderia aqui começar a reclamar de 2014. Que foi o ano das decepções. Sim, 2014 foi o ano que mais me decepcionei na vida. Com amores, com amigos e com alguns familiares. Com a vida. Me decepcionei com a pessoa que mais eu confiei. Mas eu não sou muito boa nessa história de negatividade não. Prefiro um tal de sorriso estampado no rosto e ''bora'' ali mais adiante entender o porque disso tudo.
E foi no ali na frente que me fiz.
O ano começou com aquilo que me prometeu a vida: amor. Amor que me fez a mulher que sou. Eu me vi sendo moldada. E olha que eu não digo que aquilo que nos fazem sejam cem porcento benéficos. Eu nem sei mais quem eu fui. Só sei que fui uma mistura de menina boba apaixonada naquilo tudo que chamava de relacionamento e uma profissional sem ânimo naquilo que chamava de emprego.
E a vida tem uma queda por reviravoltas. Quando vi meus maiores sonhos estavam ali se realizando. Mas nem tudo são flores. Espinhos ferem. Cicatrizes ensinam.
A verdade é que hoje eu sou muito livre mesmo... livre para tudo. Mas confesso que já me apeguei algumas centenas de vezes em algumas lembranças. Sabe, talvez todo mundo ache errado, eu ter apertado o botão ''foda-se'' para algumas teorias sobre a vida. ''Nossa, Natália, você não é assim''. Foi a frase que mais ouvi nos últimos dias. Realmente não era. Só que estou feliz com as minhas escolhas e um pouco triste com as consequências. Como diria a linda Pity, um pouco mais triste, mas muito mais forte. Não fiquei fugindo do que realmente queria. Dei a cara para bater! Fui lá e tentei. Não esperei cair do céu. Gosto de lutar! E quem me conhece sabe, eu adoro me reinventar. Coitado é quem acha que me conhece. Porque eu sou uma metamorfose ambulante que vai sempre tentando se adaptar. E descobri que não me adapto nunca, essa é a verdade.
Eu quase me casei, quase abri o meu próprio negócio, quase entrei para a faculdade e até quase fui feliz para sempre. Aí descobri que tudo isso se torna muito idiota, diante de nossas verdades reveladas! Isso tudo tem que ter esse tal de ''fim''? Não sei. Aprendi a lidar na marra com as finitudes da vida. E a gente vai sorrindo de o quanto esquece de aproveitar cada segundo dos momentos que afinal, nos fazem.
E eu sorri. Mais uma centena de vezes, tentando mostrar para mim mesma que isso era o bastante. Deus tem disso de ser fortaleza quando tudo é ruína. E eu fiquei quietinha no escuro, só pra Ele me dengar. E como Ele faz isso com maestria.
A vida me deu novos lindos amigos. Novas lindas histórias. Um novo lindo emprego. Uma nova responsabilidade a cada manhã. E dar conta de cada uma delas, foi fantástico.
Os meus 24 anos me ensinaram a ser mulher. Mulher de verdade e sem pudor algum de ser o que sou. E gosto de ser assim. Me cansa facilmente essa moda de não ser o que se é. E lá atrás prometi para mim mesma que ia ser diferente daquilo tudo que acho errado. E depois de tanto tempo seguindo minhas decisões, não é que descubro que eu gosto mesmo é de ser assim, exatamente como sou! Se descobrir e ser o que se é, deve fazer muito barulho, aos ouvidos das pessoas perdidas e que se limitam em padrões por aí. Amadureci uns cinquenta anos nos últimos meses, e quem me olha, não sabe porque agora tenho disso de me esconder. Meus nuances são relíquias. E o meu vinho só paladares exímios podem degustar. Guardei minhas iguarias para aqueles que fazerem por merecerem. 
Acho que me pus no lugar tantas vezes que, virei expert em fazer isso. E ajudo uns loucos que toparam me suportar. A solidão te ensina sobre tudo. Inclusive sobre o que não estava certo antes.
São tantas novas histórias, tantas derrotas. Tantas frases, tantos textos. Tantas coisas ditas e não ditas. Tanto amor que doei e que eu recebi. Sou uma mulher de sorte. Forte! A vida deu-me tantas coisas boas. Que eu não tenho o porque reclamar das dores que vieram. Os sorrisos me bastaram.
Eu tenho amado pouco demais. E quero amar as pessoas como elas são. Quero viajar mais do que tenho. Quero ser um ser humano melhor do que tenho sido. Quero escrever mais. Encantar mais. Perdoar mais. Cara, agir com mais maturidade e naturalidade. Ser simples. Como pessoas simples são tão bonitas!
Que 2015 seja aquele ano que a gente seja aquilo que gente pode ser com facilidade: humanitários. Cuidar de alguém que precisa de nós é o melhor presente para si próprio.
Eu sou pequenina demais para agradecer a todos por tudo que me fizeram. Eu amo demais aos que seguraram a mão quando o mundo caiu nas minhas costas. Vocês me deram vida. Uma nova vida que espero viver ao lado seus. A minha mamãe que me suporta e é a minha rainha e melhor amiga que o diga.
Todas as coisas lindas e não findas serão eternidade em minhas memórias. As RUINS? Arquiva! Vira experiência!
Aos meus leitores meu blog é seus. Se a vida permitir estarei lançando dois livros ainda esse ano: Nuances e Tulipas. Aguardem com fé !
Obrigada!
Cara, que 2015 a gente tenha força de vontade de sair da zona de conforto de ser apenas o que se é que adote sempre o se reinventar. Faz bem! Tenho experiência de sobra. 
Beijos! 
Feliz 2015!