Morena
03/02/2015 21:58
Não me peça pra que eu compreenda o teu amor.
Não o posso esse favor.
Peço-te!
Apesar que esforças-te
para isso,
digo:
Em todos os meu dias,
Minha guria,
nunca o fiz.
E não me feches teu rosto assim pequena.
Não avermelha teu nariz, morena!
Peça-me que eu o aceite?
Que me deite?
Que me deleite?
E ao amanhecer
Dá-me leite?
E ao anoitecer
Dá-me leito?
Dá-me o seu jeito!
E amor, até onde se sabe,
Mesmo que acabe,
sabedoria essa tão rasa,
Que se esvanece na brisa,
Torna-se nula...
Crua!
Jamais foi compreendido,
Mesmo que permitido.
Mas sempre foi aceitado,
embora multifacetado, pelos mais sóbrios Em opróbrios, E Loucos, E Poucos amantes, pensantes.