O meu coração ateu

 
O meu coração ateu
 
quase acreditou, em tudo que me disseste...
 
Esse meu coração, equipado com detector de mentiras, desvendava todas elas...
 
Esse meu coração figurinista transformava todas suas mentiras em verdades...
 
Esse meu coração malandro, fingia tão bem, que me enganava direitinho...
 
Esse meu coração, que hoje é apenas um bagageiro de experiências, vive tão complexo...
 
Nexo zero, possuindo muito.
 
Silêncio!
 
Tum, Tum, Tum...
 
Nenhum desfibrador, ressurreição alguma, morte....
 
Nasceu-lhes mais um filho da inércia dos sentimentos, mais um, gerador de frieza. Gélido! Nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço.
 
Morto!
 
Pobrezinho sem a luz do amor.