relações

 
Ah!
 
São inícios e fins. Afins. Meios. Começos. Términos. Princípios. Alfa. Ômega.
 
Não tem jeito para isso. Não tem mesmo. Mas o que fazer quando chega o término de um princípio brilhante? Quando nosso esforço inicial sucumbiu? Quando o desejo já não é mais recíproco? Quando o carinho do outro não nos gera tesão suficiente? Quando o desistir é mais fácil quer perdoar? Quando os lábios não nos adoçam mais o céu da boca? 
 
A gente na maioria das vezes, na nossa enfadonha e ridícula geração capitalista, faz o quê? Troca de roupa. Joga fora! Muda o disco. Ou melhor, aperta o botão do DVD portátil no carro e troca logo a porcaria do sertanejo pop ridículo que nos ensina a lei do desapego.
 
Deu certo? Deu errado? Você não sabe? Você não vê? A verdade é que a gente é incapaz de olhar para trás, de olhar toda a história construída. De lembrar daquele beijinho doce que fez tudo ser uma vontade de persistir no querer de algo bom. Pode-se sim estar passando um momento ruim, mas não seria mais válido o tentar resolver do que e jogar todo um investimento fora?
 
Certa vez, ouvi de um ex namorado, que eu era o maior investimento dele. Qual é o seu propósito em investir? Retribuição em maior espécie, certo? Caro leitor, não trato aqui de empurrar relações fracassadas de qualquer jeito. E sim, de buscar melhorias para relacionamentos que nos custaram dias trabalhosos e noites pensativas. Trouxeram melhorias enquanto humanos. Gosto daquela frase em que diz: Toda relação é um presente. E o que você faz com seu presente? Usufrui até jogar fora? Guarde-o em lugares onde ele será sempre lembrado.
 
Gastamos tempo demais nos recuperando de términos e nos desesperamos por inícios. Só que nos esquecemos de prestar atenção nos meios. Talvez, se olhássemos mais para o todo que fazem nossas relações, talvez, quem sabe, não estaríamos em novos estágios de uma penosa, mas bela construção. Pense nisso!