Sejamos luz, embora reine a escuridão.

Até aqui nos meus recentes 25 lindurinhos anos eu vivo buscando estabilidade. Estabilidade emocional, financeira e por aí vai... Nessas entrelinhas, já descobri que possuo uma loucura mãe: sou louca por mudanças. Por novas verdades. Por tudo o que sou. Mas não sou eu de novo todo dia. A verdade é que eu vivo buscando melhorias para o meu ser. E até essa espécie de "bitolação" eu fiz de bonitinha. Um pouco chata talvez, mas necessária. As vezes, eu amo o meu silêncio. O meu desespero. A minha insônia. A minha cara de pau de frente do espelho da alma. O meu pandemônio interior. Como já disse não é muito fácil ser Natália Rezende. Nem deve ser fácil ser você aí que escolheu ler este texto. Não é fácil essa viela que compete-nos os nossos seres em tantas miudezas. Mas é incrível que não desistimos de nós, surgindo assim, a não desistência de outros seres. Então, se posso te dar um conselho, seria que, não se afaste das pessoas que não desistem de você.

 

 

Cá estou na fase mais difícil da vida, e como já sabem, não sou muito dada a esconder as coisas, muito menos ignorar a minha paixão pelas minhas transparências. E cara, eu tive que rodar alguns quilômetros, só para voltar aquele início bonito que eu sou mas que estava deixando de ser... aí eu converso comigo, e vou ali visitar-me por dentro. Silenciando os meus gritos internos:

 

 

 

 

- Ei, menininha! Quando você põe tudo no lugar, aqui dentro, a bagunça exterior é só um detalhe. Aquietando-me aqui em tantos sorrisos, deixo meus sonhos de menina acordarem. E penso que fugir, às vezes, é necessário. Mesmo que não seja maduro. Dane-se! A gente não precisa ser maduro o tempo todo mesmo. Se pôr no lugar devia ser exercício diário, já que, estabilidade é algo que a gente constrói em cada sorriso que emana da nossa paz interior.

 

 

 

 

Que não nos roubem nossa leveza, naturalidade, e toda calmaria que podemos ser. Doamos paz ao mundo com elas. Que sejamos luz. Beijos de luz. Abraços de luz. E que fujamos sim, quando em nós reinar, apenas escuridão.