Silêncio gritante

Nesse tempo de caos próprio, eu prefiro o seu silêncio gritante. O meu também grita. Aí, eu me isolo no meu quarto da bipolaridade, tentando fugir das minhas verdades repletas de coisas que eu acho que sou. E ponto.
 
 
Nas minhas complicações internas que julgo tão eternas, eu choro, grito, brinco, me interiorizo toda. O que é? Acha que é fácil se por no lugar? Aliás, eu devia chamar isso de se por no lugar, de se por em um novo lugar. Mas também não estou com paciência para falar sobre os nomes próprios que dou as minhas novas loucuras.
 
 
Fazer o que? Eu não poderia me deixar ser daquelas mulherezinhas que não se conhecem afinco e não sabem lidar com os próprios desvaneios. E foi assim, que eu me fiz tão assim. Tão pronta para os nossos silêncios, que lindamente e curiosamente, se atraem.