Um texto sobre o meu carnaval

 
E volta e meia o mundo prega essas peças na gente. Você está ali num lugar ''nada a ver com você'' e conhece um monte de gente ''tudo a ver com você''.
 
 
 E se assusta. E isso dá medo. Medo de perceber o quanto é possível deixar de ganhar por causa de nossas rotularizações.
 
 
Pessoas são bem mais que um determinado momento, ou por possuírem atitudes das quais discordamos.
 
 
Mas, isso só descobrimos, quando mergulhamos em nossos preconceitos e emergimos em boas maturidades.
 
 
 E quando nos permitimos ir além daquilo que pensamos e sabemos, o nosso mundo vira caos por alguns anos.
 
 
 Quanta fertilidade existe no caos humano! Temos sempre a oportunidade de evoluir.
 
 
Em meio ao caos das descobertas por trás da venda de nossos preconceitos conhecemos a trama que envolve vidas, que em suma parecem-se muito com as nossas. Vidas repletas de sonhos e povoadas de abandonos. 
 
 
Vidas que querem ser apenas aceitas e respeitadas. Vidas que querem desfrutar de nossa companhia sem procurar apontar nossos piores defeitos. Vidas que procuram nos amar, nos perdoar e aturar. Vidas que nunca nos escolhem mas que deixam-nos ficar como inquilinos em seus momentos.
 
 
 Vidas que se desenham juntas com as nossas, à espera de serem apagadas pela linha insistente do tempo.
 
 
A verdade é que perdemos muito tempo tentando desbravar as terras alheias, enquanto nem ao menos cercamos o nosso próprio território.
 
 
 A vida nos dá uma estrelinha a mais quando aprendemos a respeitar e amar as pessoas com elas são, entendendo que suas escolhas as fazem, mas não diminuirão a importância que elas construíram em nossa existência.
 
 
 
 A confiabilidade que as pessoas pagam em acordos temporários dos dias que se seguem, é a que gera uma boa certeza da vida: amizade.
 
 
Fotos do meu carnaval em Arraias To que carinhosamente chamo de Reino da Felicidade, pois nela vivo os melhores momentos da minha vida. Aos amigos um singelo agradecimento por me fazerem muito feliz.